sábado, dezembro 29, 2007


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PADRE MANUEL DIAS FAZ A HISTÓRIA DO MONTE DE SANTA MARIA MADALENA



Antigamente, «subia-se ao Monte das Santas acompanhando o andor de Santa Maria Madalena que saía da Misericórdia.» (1) Havia ermida, penitência, música, merenda e muitos fiéis. Creio que foi o povo e o acto religioso que em primeiro lugar chamaram a atenção para este lugar. Em 1926, «trabalhava outra Comissão encarregada pela Comissão Administrativa da Câmara para continuar o aformoseamento do parque sobre um critério «activo, inteligente e esmerado». (2) A partir dessa época o Monte de Santa Maria Madalena passa a enquadrar-se no urbanismo burguês e romântico que vinha já do século XIX. Estavam ainda em moda as viagens em busca de espaços encantados, mergulhados no imaginário e no sonho. Aparecem nas narrativas, nos poemas e nos desenhos, muito antes da fotografia e dos postais. Foi-se construindo assim uma forma de ver, de contemplar os rios e as montanhas, os parques naturais e as utopias do paraíso. O Padre Manuel dias fez a história desse lugar, não no tempo breve, mas no tempo de longa duração: «fica-se a saber que o Monte da Madalena tem história e tem amigos. E que um deles,» diz o Padre Dias, «por todos os motivos e mais um, sou eu.» (3)

O fotógrafo limiano Amândio de Sousa Vieira editou a obra, fez a introdução e uma breve descrição da vida do autor relacionada com os seus múltiplos saberes.



NOTAS

(1) Padre Manuel Dias, O Monte de Santa Maria Madalena, Lethes Digital, Ponte de Lima, pg.13

(2) Idem, idem, pg.18

(3) Idem, idem, pg.10



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