QUANDO JUNTO ÀS HORAS SE ILUMINA UM RIO
DE
ALICE FERGO
A força deste lirismo estremece nos sentidos e é, ao mesmo tempo, um desafio à imaginação visual. Não só porque «entre o roxo e o lilás mais parece noite» (8) ou pelo «céu de pólvora» (9), o «precipício azul dos náufragos» (10), o «campo amarelo» (11), o «dia azul exacto na casa» (12), mas principalmente pelo conjunto das imagens reveladas nos poemas. O processo do fazer poético parece que se aproxima de alguma arte expressionista, da Dança de Henri Matisse, dos Três Nus na Floresta de Ernst Ludwig Kirchner, das Casas Vermelhas de Erich Heckel, do Jardim em Flor de Emil Nolde, do Nu Feminino a Dançar de Christian Rohlfs, do Cavalo a Sonhar de Franz Marc, da Solidão de Alexej von Jawlensky, do Lago na Floresta com Dois Nus, de Otto Mueller.
Notas
(1) Alice Fergo, Quando Junto às horas se ilumina um rio, Editora Labirinto, Fafe, 2010, pg. 27
(2) Alice Fergo, obra citada, pg. 54
(3) Alice Fergo, obra citada, pg. 29
(4) Alice Fergo, obra citada, pg. 52
(5) Alice Fergo, obra citada, pg. 58
(6) Alice Fergo, obra citada, pg. 65
(7) Alice Fergo, obra citada, pg. 44
(8) Alice Fergo, obra citada, pg. 30
(9) Alice Fergo, obra citada, pg. 17
(10) Alice Fergo, obra citada, pg. 22
(11) Alice Fergo, obra citada, pg. 25
(12) Alice Fergo, obra citada, pg. 39